Reflexão Episcopal Sobre Evangelismo - 002
Foi Michael Greene, em seu livro: “A Evangelização na Igreja Primitiva” , quem afirmou que a inexistência de programas ou grupos especiais de evangelismo na Igreja Primitiva era porque tal atividade pertencia a sua essência, não haveria igreja sem evangelismo.
Quando os membros tiveram uma experiência de novo nascimento, e tomaram uma decisão por Cristo – e conseguem entender e articular a experiência – se tornam evangelistas na base, procuram trazer outros para a igreja e para a mesma experiência.
Minha decisão, no quarto 3 do Colégio XV de Novembro, em Garanhuns-PE, foi resultado de uma série de conferências evangelísticas – no colégio e na Igreja Presbiteriana Central – do Rev. Antônio Elias, de Niterói, RJ. Preguei mensagens evangelísticas no meio da rua, em parques, na frente do aeroporto do Recife, acompanhando irmãos da batista tradicional, batista renovada e “o Brasil para Cristo” , e em colégios e faculdades, por mais de 10 anos no trabalho da ABU e da ABS. Hoje encontramos um pastor-médico em Maceió que se decidiu com um sermão por mim pregado na Segunda Igreja Batista em Casa Amarela.
Naquela época, Música Popular Brasileira era “um banquinho e um violão” ; Cinema Novo era “uma idéia na cabeça e uma câmera na mão” ; evangelismo era “tamborete e um megafone” . Antônio Elias, Walther Karshell, Rubem Lopes, Enéas Tognini, Nilson do Amaral Fanini levaram milhares a Cristo em suas cruzadas. Minha mãe foi evangelizada pelas mensagens evangelísticas na TV.
“Igreja de manutenção” é Capelania: apenas mensagens de conforto, ensino e exortação. Criou-se a dependência dos três M's: mídia, métodos e movimentos (cujo valor é apenas complementar e não substitui a pregação evangelística com apelo ou o evangelismo pessoal).
Exorto todo o clero a buscar material específico nas livrarias evangélicas, reaprender a pregar sábios e poderosos sermões evangelísticos, re-introduzir os temas da perdição e do inferno, da entrega de vida imediata, que só Jesus Cristo salva.
Pastores e leigos da Diocese do Recife, a tempo e fora de tempo, incomodando os pecadores com a mensagem do arrependimento e da cruz. Com isso estaremos obedecendo à Grande Comissão, e as nossas comunidades crescerão quantitativa e qualitativamente.
Tudo pelo Evangelismo. Comecemos já!
Recife, 15 de abril de 2007.
Dom Robinson Cavalcanti , ose
Bispo Diocesano
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